segunda-feira, 12 de julho de 2010

As primeiras atividades na mídia


Hoje, às 7h50, na TV Antena 10, fui entrevistado por Cristiane Sekeff. A primeira entrevista enquanto candidato. Na sexta-feira, às 14h, havia participado de debate entre candidatos a deputado federal na TV Meio Norte, no programa Agora. Nas duas atividades, a mesma preocupação: como traduzir o que pensamos e defendemos para o dia a dia da classe trabalhadora e população mais pobre já que não temos o discurso eleitoreiro difundido pelas candidaturas tradicionais?

Na experiência de sexta, o formato do debate acabou atrapalhando, mas foi um espaço interessante onde pude mostrar as diferenças entre as candidaturas do PSTU e as candidaturas e coligações lá colocadas: PT, PSDB,PTB, PMDB, DEM, PV. Falei que todas essas outras legendas têm concordâncias com o modelo econômico implantado no país, com o beneficiamento do agronegócio e do latifúndio, e têm financiamento de grandes empresas. Falei da falsa polarização entre Dilma/Serra e da falsa "tripolarização" envolvendo JVC/Wilson/Sílvio no Piauí, uma vez que eles comungam do mesmo programa e têm o apoio dos ricos.

Nesta segunda, como era de se esperar, o formato de entrevista foi bem mais interessante. Falamos que a minha candidatura a deputado federal - assim como a do metalúrgico Zé Maria a presidente, Geraldo Carvalho, a governador, Gervásio Santos ao senado, e de Solimar Silva, a deputada estadual - está à disposição das lutas da classe trabalhadora, em defesa da Educação Pública, da UESPI, da UFPI, da Saúde, do emprego, dos direitos. Falei que nossas candidaturas não iriam semear ilusões de que essa democracia que aí está e o capitalismo vão garantir as mudanças que nós precisamos.

Disse ainda que para resolvermos os problemas mais imediatos como o desemprego, a falta de serviço de qualidade de saúde e educação etc., teremos que tratar de uma questão central: o programa econômico. Em 2009, 36% do orçamento da União, ou mais de R$ 380 bilhões foram utilizados para o pagamento do serviço da dívida, ou seja, para os banqueiros. Tais recursos poderiam resolver o problema do desemprego, fazer reforma agrária, fortalecer a educação e saúde, que hoje estão em avançado processo de privatização.

Esse é um debate urgente a ser feito. Sem tocarmos na questão do modelo econômico, da necessidade de ruptura com ele, estaremos vendendo ilusões. São pontos que continuaremos tratando durante a campanha.



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